Paixão do Senhor - Celebração da Adoração da Cruz (Sexta-feira Santa)

 


Paixão do Senhor - Celebração da Adoração da Cruz

Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome. (Fl 2, 8-9) - Versículo antes do Evangelho

07/04/2023 - Cor Litúrgica: Vermelho

Instruções para a Celebração:

O Órgão ou outros instrumentos musicais não se toca hoje, mantendo o predisposto: "até o fim do canto do Glória da Missa vespertina da Ceia do Senhor; até o Glória da Missa da Vigília noturna da Ressurreição (a menos que seja para sustentar o canto)"; (cf. Diretório da Liturgia das Igrejas no Brasil 2023)

Neste dia não há Canto para a Entrada nem Final da celebração, sendo ambos os momentos feitos em Silêncio. "O Sacerdote e o diácono, de paramentos vermelhos como para a Missa, aproximam-se do altar, fazem-lhe reverência e prostram-se ou ajoelham-se. Todos rezam em silêncio por alguns instantes. O sacerdote, com os ministros, dirige-se para a sua cadeira. Voltado para o povo e de mãos unidas, diz uma das orações, [sem o convite] Oremos" (cf Missal Romano) | "28. À Despedida, o sacerdote estende as mãos sobre o povo e [proclama a benção] (...) Todos se retiram em silêncio. O altar é oportunamente desnudado." (cf. Missal Romano)

Não há, também, canto de Ofertório, sendo feita a procissão em silêncio, conforme segue: "21. Sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro. Pelo caminho mais curto, o diácono, ou na falta dele, o sacerdote traz o Santíssimo Sacramento do local da reposição, pelo trajeto mais curto e coloca-o sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio". Dois ministros com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam os castiçais perto do altar ou sobre ele". (cf. Missal Romano)

Excepcionalmente, para esta publicação, iremos seguir conforme a ordem da Celebração.

Salmo - Sl 30(31),2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23,46)

R.: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Senhor, eu ponho em vós minha esperança; * que eu não fique envergonhado eternamente! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, * porque vós me salvareis, ó Deus fiel! R.

Tornei-me o opróbrio do inimigo, * o desprezo e zombaria dos vizinhos, e objeto de pavor para os amigos; * fogem de mim os que me veem pela rua. Os corações me esqueceram como um morto, * e tornei-me como um vaso espedaçado. R.

A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, * e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; * libertai-me do inimigo e do opressor! R.

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, * e salvai-me pela vossa compaixão! Fortalecei os corações, tende coragem, * todos vós que ao Senhor vos confiais! R.

Exortação ao erguer a Cruz

P.: Eis o Lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo | T.: Vinde, adoremos!

Cantos para a Adoração da Cruz

Antífona: Adoramos, Senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio alegria para o mundo inteiro por esta cruz que hoje veneramos (Salmo 66, 2 - Deus tenha pena de nós e nos abençoe, * faça brilhar sobre nós a sua face! R.)

Lamentos do Senhor 

Que te fiz, meu povo eleito? Dize em que te contristei! Que mais podia ter feito, em que foi que eu te faltei? 

R. Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de nós! 

Eu te fiz sair do Egito com maná te alimentei; preparei-te bela terra, tu, a cruz para o teu rei! R. 

Bela vinha eu te plantara, tu plantaste a lança em mim; águas doces eu te dava, foste amargo até o fim! R. 

Flagelei por ti o Egito, primogênitos matei; tu porém me flagelaste, entregaste o próprio rei! R. 

Eu te fiz sair do Egito, afoguei o Faraó; aos teus sumos sacerdotes entregaste-me sem dó! R. 

Eu te abri o mar Vermelho, tu me abriste o coração; a Pilatos me levaste, eu levei-te pela mão! R. 

Pus maná no teu deserto teu ódio me flagelou, fiz da pedra correr água o teu fel me saturou! R. 

Cananeus por ti batera, bateu-me uma cana à toa; dei-te cetro e realeza, tu, de espinhos a coroa! R. 

Só na cruz tu me exaltaste, quando em tudo te exaltei; por que à morte me entregaste? Em que foi que eu te faltei? R.

Hino (Cruz Fiel) 

R. Cruz fiel, árvore nobre, que flor e fruto nos dais! Árvore alguma se cobre das mesmas pompas reais. Lenho que o sangue recobre, ao Homem Deus sustentais!

  1. Cantemos hoje em memória da luta que houve na cruz, este sinal da vitória que todo um povo conduz; nela, coberto de glória, morrendo, vence Jesus!
  2. O Criador apiedado da maldição que ocorreu quando, do lenho vetado, Adão o fruto mordeu, para curar o pecado um outro lenho escolheu.
  3. Que um lenho ao outro vencesse, com arte Deus decretou, e a salvação nos viesse pela cruz que ele abraçou, de novo a vida irrompesse onde o pecado brotou.
  4. Quando, do tempo sagrado, a plenitude chegou, pelo seu Pai enviado, o Filho ao mundo baixou: de um corpo a Deus consagrado a nossa carne tomou.
  5. Na manjedoura ele chora, o rei eterno dos céus; enfaixa-o nossa Senhora, que pobres panos os seus! Por frágeis laços embora, cativo o corpo de Deus.
  6. Já tendo o tempo cumprido da sua vida mortal, só pelo amor impelido, numa oblação sem igual, na dura cruz foi erguido, nosso Cordeiro pascal!
  7. Cravam-lhe os cravos tão fundo, seu lado vão transpassar; já corre o sangue fecundo, a água põe-se a brotar: estrelas, mar, terra e mundo, a tudo podem lavar!
  8. Inclina, ó árvore, os ramos, acolhe o teu Criador; para o que em ti nós pregamos, do tronco abranda o rigor: para o rei que hoje adoramos sejas um leito de amor!
  9. Só a ti foi dado: ao Salvador sustentar e a todos que hão naufragado ao porto eterno levar, pois o Cordeiro, imolado, quis o teu tronco sagrar. Nunca se omite a conclusão: Louvor e glória ao Deus trino, fonte de luz, sumo bem. Ao Pai e ao Filho divino louvor eterno convém. Ergamos todos um hino ao que de ambos provém. Amém.

Outros cantos aprovados

Comunhão

Postar um comentário

0 Comentários